Coordenadores: Profa. Ma. Larissa Cavalcanti (UFRPE/UAST) e Prof. Dr. Walison Paulino de Araújo Costa (UFRPE/UAST)

O conceito de multimodalidade parte da Teoria da Semiótica, mais especificamente, da Semiótica Social. Para essa perspectiva, as construções textuais, independentemente de suas linguagens, fazem usos de diferentes materialidades para gerar significados. Esses significados, porém, estão condicionados ao(s) modo(s) como cada cultura articula, difunde e modifica seus recursos semióticos assim como estão condicionados também às potencialidades de cada material. Como consequência dessa nova compreensão das condições e recursos da interação humana, surgem novos interesses de pesquisa voltados para como os diferentes modos significam e se relacionam para gerar significados no amplo espectro dos gêneros textuais dos quais dispomos. Dessa maneira, o presente simpósio convida à troca de experiências que envolva ensino, pesquisa e extensão em relação ao letramento visual, gestual, verbo-visual, tátil etc., nos materiais didáticos usados em aulas de línguas materna e estrangeira, considerando as possibilidades de múltiplas leituras e os multimodos para geração de significados.

Coordenadores: Prof. Dr. Iêdo de Oliveira Paes (DL-UFRPE) e Prof. Dr. Sávio Roberto Fonseca de Freitas (UFRPE/UAG)

O simpósio tem por objetivo dar visibilidade à produção literária contemporânea de autoria feminina, evidenciando a interrelação temática das autoras no que diz respeito ao processo de construção de um sujeito na contemporaneidade, perpassando pelas relações de gênero através do discurso no qual o mesmo se enuncia por meio dos diversos erotismos.

Coordenadores: Prof. Dr. Marcelo Amorim Sibaldo (UFRPE/UAST)  e Prof. Dr. Adeilson Pinheiro Sedrins (UFRPE/UAST)

A primeira edição do Simpósio de Estudos em Teoria e Análise Linguística ocorreu em 2015, durante a sexta edição da semana de letras da UAST/UFRPE, reunindo estudos realizados sob diferentes perspectivas teóricas (sociolinguística variacionista, sintaxe gerativa, entre outros). A proposta do simpósio, em sua segunda edição, é reunir estudos teóricos e de descrição e análise das línguas naturais, desenvolvidos tanto sob o viés de teorias formalistas, quanto funcionalistas, com o objetivo central de promover um espaço para divulgação desses trabalhos e contribuir para nosso conhecimento acerca da organização e funcionamento de gramáticas particulares. Nesse sentido, serão muito bem-vindos estudos desenvolvidos no nível fonético-fonológico, lexical, morfossintático, semântico, bem como estudos de interface entre esses níveis da gramática e estudos voltados para questões de processamento.

Coordenadores: Prof. Dr. Danniel da Silva Carvalho (UFBA) e Profa. Dra. Dorothy Bezerra Silva de Brito (UFRPE/UAST)

A diversidade linguística, característica básica de qualquer língua natural, é mais facilmente percebida em comunidades formadas pelas consideradas “minorias”, como a comunidade homossexual, por exemplo.   A fala dessa parcela da população varia consideravelmente a depender dos contextos em que é empregada: cada contexto social engatilha um comportamento linguístico distinto, o que não é apanágio deste grupo. Citam-se, para ilustrar o que vem sendo feito acerca do tema, os trabalhos de Robert J. Podesva sobre estudos fonéticos (sociofonética) em comunidades gays de língua inglesa, os de Janny Cheshire sobre variação, gênero e discurso de classes sociais em comunidades inglesas, e os trabalhos de Ronald B. Mendes, sobre o português brasileiro falado em São Paulo. Assim, o presente simpósio tem como proposta congregar tanto estudos que descrevam a língua usada por comunidades caracterizadas como minorias sociais, como estudos que proponham discussões teóricas sobre questões como as seguintes: (a) o fator sexualidade interfere na produção da língua usada pelos membros da comunidade de fala estudada?;   (b) como tratar sexo e gênero como fatores de análise?;   (c) há interferência dos fatores sociais determinantes da constituição da comunidade na formação da gramática de sua língua?

Coordenadores: Profa. Dra. Thaís Ludmila da Silva Ranieri (UFRPE/UAST) e Prof. Ivanilson José da Silva (PPGL-UFPE)

O presente simpósio pretende agregar trabalhos que se dedicam aos estudos do texto e do discurso sob o viés da Linguística Textual e da Análise do Discurso. Assim, aceitaremos trabalhos que envolvem as áreas em atuação conjunta ou com foco nos processos referenciais, na organização textual-discursiva de gêneros textuais, na relação fala e escrita, nas relações multimodais, nas discussões em torno das questões ideológicas, no contexto de produção e recepção dos mais variados textos, entre outros.

Coordenadores: Prof. Dr. Kleyton Ricardo Wanderley Pereira (UFRPE/UAST) e Profa. Ma. Rafaela Rogério Cruz (UFRPE/UAST)

Comparar literaturas é estabelecer relações entre os diversos sistemas que possam se interconectar com e a ela. Atualmente, os estudos comparatistas buscam ser mais do que ser um fenômeno interliterário com encadeamentos de influências e empréstimos, entre suas produções e seus autores. Mais do que isso, ela é um campo interdisciplinar que estuda não só as relações entre textos literários, mas que também busca ser uma construção metodológica de análise que, a partir de seus próprios aparatos de investigação e análise, favorece uma visão generalizada da obra enquanto parte do pensamento e da cultura humana. Para isso, estabelece relações entre obras literárias, entre o texto literário e outras linguagens artísticas   tais como o cinema, a música e as artes plásticas  , com os próprios limites da Teoria Literária e articula com temas de outras áreas do saber das Ciências Humanas. Nesse sentido, este simpósio recebe propostas de investigação e análise que articulem textos literários entre si e/ou entre seus processos de produção e recepção a partir de uma investigação que articule textos com seus contextos em uma investigação comparativista com o social, o político, o cultural, o artístico, etc.

Coordenadores: Profa. Ma. Elaine Cristina Nascimento Silva (UFRPE/UAST) e  Prof. Me. Eudes dos Santos Silva (UFRPE/UAST)

O simpósio buscará reunir discussões teóricas e práticas referentes ao ensino-aprendizagem da leitura e da produção de texto. Para tanto, realizaremos momentos de apresentação e discussão de pesquisas e relatos de experiências sobre o ensino de língua materna.

Coordenadores: Profa. Ma. Bruna Lopes Fernandes Dugnani (UFRPE/UAST) e Prof. Dr. Walison Paulino de Araújo Costa (UFRPE/UAST)

A LA tem sido um dos campos do conhecimento que, de fato, rompeu com os purismos teóricos que demarcavam lugares seguros nos eventos que envolviam a linguagem. Dada a complexidade sócio-antropológica, político-econômica e, consequentemente, linguístico-cultural que atravessamos, situando-nos nesse entremeio contemporâneo em que emergem conceitos como a hipermodernidade (MOITA-LOPES, 2013), o mundo-em-descontrole (GIDDENS 2000), propomos um Simpósio Temático que ambienta discussões relacionadas a questões teórico-metodológicas e experienciais que envolvem as linguagens na interface com as práticas sociais quaisquer, tanto no cenário brasileiro quanto em contextos estrangeiros. Assim damos boas-vindas a propostas que busquem dialogar com os estudos da LA e/ou objetivem possibilitar um melhor entendimento de questões sociais em que a linguagem tem um papel de grande importância, podendo ser relacionadas ao português, ao francês, ao espanhol, ao inglês, ao russo, à LIBRAS, às línguas de imigrantes e a quaisquer outros modos semióticos que abordem as práticas cidadãs com as linguagens, desde que em contextos de relevância social.

Coordenadora: Profa. Ma. Magda Wacemberg Pereira Lima Carvalho (SEDUC-PE)

A linguagem da criança sempre provocou diferentes hipóteses entre estudiosos do assunto, prova disso são os registros teóricos feitos ao longo do tempo. Contudo, o fenômeno da aquisição da linguagem, orientada para a busca de padrões linguísticos, foi tratado a partir da década de 1960 por diferentes abordagens teóricas, dentre as quais têm destaque o behaviorismo, o gerativismo, o construtivismo cognitivo e o interacionismo social. Assim, considerando essas perspectivas teóricas, este simpósio tem como objetivo promover reflexões sobre o processo de aquisição da linguagem, no âmbito da fala, da escrita e da aquisição de 2ª língua. Consideraremos, portanto, trabalhos que apresentam análises resultantes de reflexões sobre dados obtidos em situações de fala ou de produção escrita da criança, bem como situação de aquisição de 2ª língua. Dessa forma, esperamos estabelecer um diálogo entre as teorias de aquisição da linguagem e as pesquisas apresentadas pelos participantes do simpósio.

Coordenadora: Profa. Dra. Virgínia Cavalcanti Pinto (UAST/UFRPE)

A prática docente deve ser compreendida a partir de um movimento constante de formação, uma vez que o ato de ensinar não se reduz a mera transferência de conhecimentos, volta-se, pois, para a compreensão da educação como um modo de intervenção social e política. Nesse sentido, o presente simpósio visa discutir questões que possibilitem a compreensão da docência a partir de uma perspectiva psicológica, considerando, sobretudo, as questões subjetivas que constituem os sujeitos na relação em sala de aula priorizando, neste momento, a figura do professor. Para tal, serão apresentadas algumas perspectivas psicológicas de compreensão dessas dinâmicas, assim como lançadas questões que costumam ser entendidas como entraves para a práxis docente. Além disso, contaremos com o relato de experiência de duas alunas que desenvolveram um trabalho nesta mesma linha de abordagem, na Jepex passada. O material apresentado será a base para as discussões no simpósio, que objetiva o alcance de uma compreensão ampliada, acerca da comunicação entre a Psicologia e a docência, a partir das construções dinâmicas realizadas no momento do encontro. Esta atividade busca interferir de modo reflexivo e prático na forma como o aluno de licenciatura configura sua práxis no contexto educacional.

Coordenadores: Prof. Dr. André Pedro da Silva (DL-UFRPE) e Profa. Dra. Valéria Severina Gomes (DL-UFRPE)

A Sociolinguística no Brasil, área de pesquisa efetivamente consolidada, enfatizou a pesquisa sincrônica em suas descrições da fala sobre o português no território nacional a partir da década de 70 até o final do século XX, em paralelo à produção internacional da área que se encontra sintetizada em Labov (1972,1994 e 2000). Um dos objetivos de relevância desta teoria consiste em fornecer subsídios metateóricos para construção de um modelo de mudança mais definido e adequado. Um ponto de interseção entre a Sociolinguística e a Tradição Discursiva, área de pesquisa ainda recente no Brasil, encontra-se na abordagem sócio-histórica da língua, uma vez que se busca estudar a variação e a mudança em documentos de sincronias passadas. Nesse processo de abordagem da heterogeneidade e da historicidade da língua e sua variação é preciso considerar também a historicidade do texto. Nesse sentido, no âmbito das Tradições Discursivas torna-se relevante considerar os traços de mudança e de permanência em termos microestruturais e macroestruturais. Ambas as abordagens possuem as suas particularidades, mas, em consenso, buscam o reconhecimento de que os fenômenos linguísticos e os textos sempre estiveram sujeitos e sensíveis à variação e à mudança. As pesquisas apresentadas poderão ter seus estudos concentrados nas áreas da fonética/fonologia, morfossintaxe e semântico-pragmático-discursiva e deverão ser orientadas e estarem ancoradas (1) na concepção de linguagem como atividade sociocultural, tanto; (2) na concepção de que os atos comunicativos perpassam pelo viés da língua e das tradições discursivas;  (3) no reconhecimento de dinamicidade constante da língua e da historicidade do texto; (4) no efetivo uso da língua e na correlação da frequência de uso das variáveis linguísticas às variáveis extralinguísticas em perspectivas diacrônica ou sincrônica; qualitativa ou quantitativa. Assim, no Simpósio Variação e mudança linguística à luz da Sociolinguística e das Tradições Discursivas, discutiremos, a partir da perspectiva apresentada, de que modo as variáveis sociais atuam em casos de variação estável e de mudança em progresso e também os traços de mudança e de permanência em tradições discursivas de diferentes momentos históricos. Interessa-nos, ainda, pesquisas nessa área que dialoguem com o ensino.

Coordenadora: Profa. Ma. Sara de Miranda Marco (UFAL – Campus Sertão)

AA categorização do que é erótico ou pornográfico, especificamente em poesia, serpenteia de acordo com contextos que envolvem sua escrita e sua leitura. Tendo, grosso modo, o erótico como algo insinuado, e o pornográfico como o que é explícito, objetiva-se, neste simpósio, tratar de até que ponto a produção poética de Ana Cristina Cesar referente à sexualidade, ao sexo, ao corpo, em especial o corpo da mulher, pode ser observada no âmbito da temática em questão. Desta forma, procurar-se-ão os traços que se insinuam como eróticos/pornográficos em sua poesia, de modo que, mais do que buscar encaixá-la num ou noutro “rótulo”, seja possível desenvolver um debate acerca destas características – também – presentes na rica obra da poeta.