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MINICURSOS

MINICURSO 1: Introdução à sintaxe gerativa

Ministrantes: Prof. Dr. Adeilson Pinheiro Sedrins (UFRPE/UAST) e Profa. Dra. Dorothy Bezerra Silva de Brito (UFRPE/UAST)

 

 

 

Ementa:  Introdução  dos pressupostos teóricos   da   gramática   gerativa   (arquitetura   da linguagem,   conceito   de   língua,   inatismo,   princípios   e   parâmetros   linguísticos)   e   de modelos gerativistas de representação e explanação de princípios linguísticos (a teoria X-barra, a teoria da ligação, operações situadas no componente sintático da gramática). Discussão de fenômenos morfossintáticos nas línguas naturais dentro do aparato teórico gerativista (relações anáfora-antecedente, concordância, movimento de constituintes).

 

 

MINICURSO 2: Fazer literatura, entender literatura, ensinar literatura: o processo de criação literária para além do mito do gênio

Ministrante: Profa. Ma. Rafaela Cruz (UFRPE/UAST)

O que é literatura? Qualquer professora ou professor de literatura, no ensino médio ou na universidade, já tremeu quando confrontada com tal pergunta. A história da tradição literária ocidental, bem como a de sua teoria e crítica, é também a história de uma série de tentativas para definir o que seria a literatura. Por muito tempo, a aproximação das artes com a noção do belo e sua conexão com o divino fez do escritor primeiramente um mero mensageiro de Deus e, depois, um ser elevado o suficiente para receber tão sublimes palavras, o que afastava a mulher e o homem comum tanto do consumo, mas principalmente, da produção literária. Hoje, a noção da geração espontânea da literatura, e da primazia da inspiração, está bastante enfraquecida, mas ainda sobrevive graças a uma educação artística conservadora. Enquanto no Brasil, em conformidade com uma tradição universitária européia, ainda se sustenta a ideia de que não se ensina a fazer literatura, na América do Norte, especialmente nos Estados Unidos, uma grande tradição de cursos, oficinas e especializações em Creative Writing nas universidades ajudou a formar grandes críticos, editores e escritores, além de fomentar algumas das revistas literárias mais importantes no mundo. Na base de tais cursos está a ideia de que, como todo ofício, a literatura pode ser treinada, seu processo analisado, desmontado, suas engrenagens observadas de perto, parte a parte, para depois serem remontadas, recriadas, desenvolvidas para gerar novas coisas.  O presente minicurso pretende, através de exercícios, desafios e provocações, aproximar estudantes, professores e o fazer literário, acreditando que despir o processo é indispensável para uma compreensão mais lúcida do texto.  Nossa principal intenção é proporcionar a professoras e professores em formação estratégias e ferramentas para abordar e ensinar literatura através de uma crescente intimidade com o discurso literário. Para isso, leremos textos críticos e teóricos sobre tal fazer, bem como manuais, clássicos e modernos, que pretendem iluminar e instruir escritores aspirantes. Estaremos também atentos ao papel do leitor como produtor, observando questões de recepção e, finalmente, discutindo as implicações do mercado editorial no processo de produção, difusão e consumo de obras literárias.

MINICURSO 3: Gêneros e multimodos no ensino de Língua Inglesa

Ministrantes: Profa. Ma. Jailine Mayara Sousa de Farias (UFPB) e Prof. Dr. Walison Paulino de Araújo Costa (UFRPE/UAST)

 

 

Atualmente, somos ambientados pelas inovações tecnológicas e, consequentemente, as novas formas de circulação de textos envolvem cada vez mais semioses, o que nos revela a emergência de textos multimodais. Por este motivo, neste curso, pretendemos, por um lado, discutir os gêneros textuais de uma forma mais geral, e, por outro, objetivamos também possibilitar a reflexão sobre o papel da escola no tratamento dos referidos gêneros, de uma forma ampla, com incidência nas práticas de multiletramento, mais especificamente, as quais são frequentemente exigidas em nosso cotidiano como usuários de línguas.  Procedimentalmente, discutiremos os conceitos de gênero textual, letramento e letramento crítico, multiletramentos e multimodalidade, conectando-os ao universo do ensino de língua inglesa na educação básica. Além de questões procedimentais dentro da sala de aula, faremos menção a alguns fundamentos teóricos que sustentam essa prática.

MINICURSO 4: Poesia com encantamento na sala de aula: do fundamental ao médio

Ministrante: Profa. Ma. Andreia Bezerra de Lima (UFRPE/UAST)

Vale à pena trabalhar a poesia na sala de aula, mas não qualquer poesia, nem de qualquer modo. Carecemos de critérios estéticos na escolha das obras ou na confecção de antologias. Não podemos cair no didatismo emburrecedor e no moralismo que sobrepõe à qualidade estética, determinados valores. É necessário muito cuidado com o material que chega aos alunos através do livro didático. (PINHEIRO, 2007, p. 20). Tomando por base a fala do professor Dr. José Hélder Pinheiro, objetivamos propor uma discussão teórica e metodológica de como trabalhar o texto poético em sala de aula, tanto no ensino Fundamental quanto no Médio.

MINICURSO 5: Relações Interculturais e Ensino de Língua Inglesa

Ministrantes: Profa. Dra. Julia Larré (UFRPE/UACSA) e Prof. Dr. Julio Cesar Vila Nova (DL-UFRPE)

 

 

 

Este minicurso, inserido no âmbito da Linguística Aplicada, vem discutir de que forma a experiência de aprendizado de uma língua estrangeira deve ser uma oportunidade para o desenvolvimento da compreensão das culturas dos povos falantes do idioma, bem como das relações interculturais que se estabelecem no mundo atual, caracterizado por processos de hibridização e pela dinâmica das comunicações internacionais. Suscitamos, portanto, a discussão sobre conceitos relevantes para essa área de estudos, como diversidade cultural, estereótipos, choque cultural, conflitos étnicos, e propomos a elaboração de materiais didáticos para o ensino de língua inglesa a partir do enfoque das relações interculturais, com base na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC).

 

MINICURSO 6: Praat e seu uso na medição dos correlatos acústicos do acento de palavra, uma análise cross-linguística

Ministrante: Profa. Dra. Letânia Ferreira (UFRPE/UACSA)

Esse curso propõe o ensino do uso de uma ferramenta de análise linguística muito útil para avaliar os elementos prosódicos de línguas e dialetos, o Praat. Além de uma explicação geral sobre a instalação e o funcionamento do Praat utilizaremos o tempo do curso de forma prática para realizar uma análise cross-linguística dos correlatos acústicos do acento léxico do português brasileiro (PB) e do espanhol peninsular, assim como cross-dialetal entre o PB e o português europeu (PE). Essas comparações permitirão observar que embora cada correlato acústico tenha uma função importante na expressão do acento de palavra, a hierarquia de importância dos mesmos se distribui de forma distinta entre línguas e dialetos.

MINICURSO 7: Literatura Surda

Ministrante: Prof. Espc. Roberto Willians (UFRPE/UAST)

Diferentes tipos de produção literária em sinais: histórias visualizadas, o conto, as piadas, as poesias. Exploração visual e espacial das diferentes narrativas. As narrativas surdas redescobertas da criação literária surda. Oportunizar a leitura e a análise das produções literárias em sinais, em especial, fábulas, contos e poemas em LIBRAS.

MINICURSO 8: Coitos poéticos: o erotismo presente na obra “As filhas de lilith”, de Cida Pedrosa

Ministrante: Prof. José Robson da Silva

Esta proposta busca discutir e elucidar o erotismo nas personagens femininas presente na obra “As filhas de lilith”, constituida por 26 poemas-corpos. Espera-se contribuir significativamente para a descontrução de um discurso opressor e falocentrico através da problematização das relações eróticas e/ou pornográficas que evidenciem e atestem a desestigmatização e o reconhecimento do papel da mulher na literatura brasileira, como também suscitar e identificar a condição feminina e o seu desdobramento nas relações sociais embasadas tanto na ressignificação da mulher quanto na consolidação de um empoderamento efetivo de gênero. Além de buscar solidificar a transgressão da figura feminina na poesia contemporânea, esta pesquisa está ancorada em diferentes abordagens e pressupostos das teorias feministas e estudos de gênero (DEL PRIORE, 2005, 2013; DUARTE, 2010; MACHADO, 2006; GOMES, 2014; dentre outros), poderá permitir através do texto literário, construir reflexões sobre a identidade de gênero e a condição feminina em termos plurais, mas principalmente observar a representação do erotismo na ficção de autoria feminina e como se constituem as práticas discursivas e ideológicas que se solidificam sob a intrínseca relação de poder que permitem a construção de uma identidade autônoma e emancipada.  

MINICURSO 9: Faces do Eros: leitura do erotismo na literatura brasileira

Ministrante: Profa. Dra. Sherry Almeira (DL-UFRPE)

O minicurso propõe a leitura de textos da literatura brasileira com vistas a pensar as possibilidades de manifestação do erótico por meio da linguagem literária. Isto é, intenta-se reconhecer  algumas “faces do Eros” para além da representação direta ou indireta da relação sexual. Para tanto, o curso se volta à análise de obras de escritores brasileiros como Hilda Hilst, Nélida Piñon, João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes, valendo-se, como suporte teórico,  principalmente, dos estudos de George Bataille, Octavio Paz, Eliane Robert Moraes .

MINICURSO 10: Apontamentos teórico-metodológicos para pesquisas em História da cultura escrita no contexto da instrução pública primária do Pernambuco oitocentista

Ministrante: Prof. Dr. Thiago Trindade Matias (UFAL – Campus do Sertão)

A partir do que propõe Castillo Gómez (2003), entendemos que a História da Cultura Escrita, forma específica de história cultural, busca interpretar as práticas sociais de escrever e ler. Entendemos ainda que pesquisas destinadas a investigar essas práticas, à luz da Cultura escrita (categoria de análise histórica), devem dedicar-se a “analisar a função da escrita, como também a “reconstruir os usos e o significado da escrita em uma dada sociedade em um dado momento da história ou no decorrer do tempo.”. Dentre os objetivos para esse campo de investigação podemos destacar o interesse em catalogar e descrever suportes empíricos de memória da cultura escrita oriundos de práticas ocorridas em contextos institucionalizados e não-institucionalizados, analisar os mecanismos de composição, circulação e transmissão dos produtos de escrita, assim como os sujeitos envolvidos na prática da cultura do escrito, descrever as estratégias de configuração das práticas de escrever e de ler dadas no processo de escolarização e interpretar os significados e os valores sociais dados à escrita e à leitura em um dado momento da história ou no decorrer do tempo. Diante disso, a partir de Burke (1992, 1997), Cardona (2013), Castillo Gómez (2003, 2004, 2012), Chartier (1991, 2000, 2002), De Certeau (1998), Galvão (2003, 2006, 2010), Ginzburg (1989, 2006), Le Goff (1990), Levi (1992), Petrucci (1999, 2002) e Sharpe (1992), este minicurso busca apresentar apontamentos teórico-metodológicos que contribuam para a análise dessas práticas de escrever e ler no ambiente da instrução pública primária. O recorte temporal é o século XIX, em Pernambuco, momento que demarca a implantação das cadeiras de primeiras letras no Brasil e nas províncias.

MINICURSO 11: Além do cânone: escritoras do século XIX

Ministrante: Profa. Ma. Luciana de Santana Fernandes (FACIG)

Ao analisarmos o cânone brasileiro, podemos observar que a presença de mulheres é uma marca apenas da literatura modernista; e isso não é um fato motivado pela ausência de escritoras anteriores a esse período. São nomes de destaque em sua época Francisca Júlia, Julia Lopes de Almeida, Maria Ribeiro, entre outras personalidades femininas que usaram a pena para discutirem a sociedade brasileira através da ficção. Então, qual a razão que afasta as mulheres do conjunto intelectual de nosso país? Neste mini-curso, abordaremos essa questão e apresentaremos um panorama de escritoras do século XIX que, apesar de terem sido “esquecidas” na formação do cânone, fizeram sucesso em sua época e contribuíram para a formação da nossa literatura.

MINICURSO 12: Literatura marginal dos anos de 1970: a geração desbunde

Ministrante: Profa. Ma. Sara de Miranda Marco (UFAL- Campus Sertão)

A poesia que se fez às margens do sistema editorial da década de 1970 buscou romper com o mercado que só visava o lucro e ignorava a nova forma de se criar. Esta geração utilizava-se do mimeógrafo para burlar as barreiras criadas pelas editoras para divulgar a produção poética da chamada geração desbunde (ou geração mimeógrafo). Este minicurso tem como objetivo desenvolver um olhar mais acurado sobre o processo de escrita e a influência do mercado editorial na produção e divulgação da arte literária no Brasil. Assim sendo, será abordada a insurgência da poesia marginal e se fará um percurso no contexto brasileiro da década de 1970, portanto, falar-se-á da ditadura militar e suas influências na produção cultural de então. No âmbito das artes, será pensado o movimento contracultural Tropicália, o qual antecedeu a Geração Mimeógrafo. É nos ares de desânimo dos anos de 1970 que jovens do Rio, São Paulo e de outras localidades do nosso país, reacenderão a chama da poesia. Espera-se que, com este minicurso, seja possível conhecer 1) o que influiu na produção poética da década de 1970, no Brasil; 2) o conceito de poesia marginal; 3) o que foi a geração mimeógrafo (ou desbunde); 4) Como se desenvolveu a escrita desta geração (traços, características etc.). Deste modo, entrar-se-á em contato com a poesia de Chacal, Charles Peixoto, Cacaso, Ana Cristina Cesar, Eudoro Augusto, Geraldo Carneiro e mais poetas que a marginalidade nos ofereceu.

MINICURSO 13: Erotismo ou pornografia?

Ministrante: Profa. Ma. Mara Carolina de Lima Galvão (Fac. Maurício de Nassau/IFAL)

Muito se discute (ainda) sobre o que é literatura e o que caracteriza uma obra como literária ou não.  Esse limite fica ainda mais tênue quando envolve um assunto polêmico, um tabu, ou uma temática senão nova ou pouco explorada, controversa. Assim o é quando o erotismo ou a pornografia entram em pauta. A literatura pode ser erótica, disso não há dúvidas. E pornográfica, pode? Neste minicurso pretende-se discutir sobre o conceito dado a tais termos e verificar, principalmente, seus limites e sua produção na literatura brasileira, especificamente na poesia.

MINICURSO 14: As formas do épico: da literatura às histórias em quadrinhos

Ministrante: Profa. Dra Valquiria Moura (UFRPE/UAST)

As formas do épico não se limitam a uma forma literária específica. A partir da análise e problematização do conceito do gênero épico, pretende-se refletir sobre suas ramificações em outros gêneros e  manifestações artísticas. Nesse percurso, se dará especial ênfase à transposição da Ilíada, de Homero, para os quadrinhos, considerando elementos fundamentais da narrativa nas duas obras. 

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